Segundo
Waldeloir Rego (1968) a capoeira é uma invenção brasileira, desenvolvida pelos
descendentes dos escravos africanos, ou seja, pelos afro-brasileiros.
Acredita-se que a capoeira foi inventada com a finalidade de divertimento, mas
na realidade funcionava como faca de dois gumes. Ao lado do normal e do
quotidiano, que era divertir, era luta também no momento oportuno. Antigamente
não havia Academias de Capoeira, a capoeira estava presente nos locais onde podia
se observar uma quitanda ou uma venda com um largo bem em frente, propício ao
jogo. Aí, aos domingos, feriados e dias santos, ou após o trabalho, se reuniam
os capoeiras a tagarelarem e jogarem capoeira.
Não
existe documentação precisa para afirmar, com segurança, terem sido os negros
de Angola os que inventaram a capoeira ou mais especificamente Capoeira Angola,
não obstante terem sido eles os primeiros negros a chegarem no Brasil e em
maior número dentre os escravos importados. Por outro lado, a maneira de ser
desses negros, muito propensa aos folguedos, em adição à sua capacidade de
imaginação, permite acreditar que eles tenham desenvolvido a capoeira.
Especificamente
em relação à Capoeira Angola, o termo é destinado para definir aquela capoeira
composta pelos elementos tradicionais, diferente da capoeira dita Regional e
Contemporânea onde, segundo Rego (1968) se percebe claramente os novos
elementos introduzidos de lutas estrangeiras.
Sendo
assim, a Capoeira Angola é considerada a capoeira mãe, a origem de toda e
qualquer capoeira conhecida hoje em dia.
Para saber mais sobre a Capoeira e Capoeira Angola: Capoeira Angola – ensaio
sócio-etnografico (Waldeloir Rego, 1968).
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